Chegar pela primeira vez num lugar novo, com caras novas, não é fácil para ninguém, muito menos para as crianças. Conhecer esse lugar, torná-lo próprio, chegar a desfrutá-lo é um processo lento e singular de cada criança. Sabemos o quanto é difícil despedir-se, seja da família ou de um amigo querido, seja por um período curto ou longo. Despedir-se pode ser sofrido para qualquer pessoa. Despedidas emocionadas, então, muito duradouras, tanto por parte das crianças como dos adultos, são um prato cheio para dificultar a entrada delas na escola.
Muitas vezes, na hora da despedida, as crianças pedem ‘só mais um beijinho’. E como não resistir a tentação? De fato, para alguns o derradeiro beijo é suficiente, mas na maioria das vezes não o é. É uma última tentativa de enlaçar o pescoço e agarrar-se ao corpo do pai ou da mãe, e então, adulto e criança, ficam com os olhos marejados.
Para ajudar neste processo podemos lembrar que a despedida encerra um momento, para que outro se inicie. Na escola, as crianças se confortam no reencontro com as professoras, com os colegas, com os brinquedos queridos. É quase imediata a vontade de se permitir experimentar, explorar, e elas sabem bem que há momentos que só acontecem na escola. Abreviar a despedida é, portanto, uma maneira de favorecer este reencontro.
Por isso, ressaltamos a importância de os pais colaborarem dando de fato “só mais um beijinho” e seguirem seu caminho, com a certeza de que seu filho estará amparado, seguro e desfrutando de atividades especialmente planejadas para ele.
Não estranhem se, repentinamente, escutarem de seu filho um sonoro: “Mãe, hoje eu vou sozinho pra minha sala, tá?” As crianças estão sempre nos surpreendendo e prontas para enfrentar novos desafios. Agora, será que vocês já estão preparados?
Regina, Luiza e Juliana - Professoras de Grupo 1 - Escola da Vila -São Paulo-SP
Fonte: Blog da Escola da Vila
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